Na manhã desta terça-feira, 17 , a Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão relacionados a uma investigação que apura a atuação de um grupo suspeito de manipular processos licitatórios em administrações públicas. Além das fraudes em licitação, os investigados também são apontados como possíveis autores de crimes como lavagem de dinheiro, peculato e corrupção passiva.
Segundo a corporação, as irregularidades estariam ligadas à contratação de serviços para execução de obras públicas, embora não tenham sido divulgados os municípios envolvidos nem quais licitações estão sob investigação. Os mandados foram autorizados pela 1ª Vara Federal Cível e Criminal da Justiça Federal de Araguaína e foram executados em Ananás, no norte do Tocantins. Os nomes dos suspeitos não foram revelados.
De acordo com a apuração, os integrantes do grupo atuavam de forma coordenada para manipular os processos licitatórios, interferindo diretamente na escolha das empresas vencedoras. As investigações apontam ainda que, em alguns casos, as obras previstas nos contratos sequer eram realizadas pelas empresas contratadas, sendo executadas pelos próprios órgãos públicos que lançaram as licitações.
Dinheiro dos contratos era dividido entre os envolvidos
Com isso, os recursos pagos pelas administrações públicas às empresas eram, na prática, desviados e repartidos entre os membros do esquema criminoso. A Polícia Federal segue apurando a extensão das fraudes e o possível envolvimento de agentes públicos ou servidores municipais.
Penas podem ultrapassar 40 anos
Caso as suspeitas sejam confirmadas, os investigados poderão responder por diversos crimes e, juntos, poderão receber penas que somam de 14 até 40 anos de prisão, conforme a legislação vigente.