Jovem sem habilitação que dirigia BMW a 200 km/h é indiciado por homicídio qualificado após morte de motociclista

 

A Polícia Civil finalizou a investigação sobre o acidente que matou Maria Alice Guimarães da Silva, de 25 anos, na BR-153, em Araguaína. O condutor Vitor Gomes Alves de Paula foi indiciado por homicídio qualificado com dolo eventual, devido ao perigo comum e à impossibilidade de defesa da vítima. O jovem que emprestou o carro para ele também foi indiciado.

Maria Alice seguia de moto para o trabalho quando foi atingida por trás no dia 22 de março. Conforme a Polícia Civil, Vitor dirigia um carro de luxo dos pais de um amigo, após sair de uma festa. Ele não tinha habilitação e o veículo estava a cerca de 200 km/h, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). A perícia apontou que não houve marcas de frenagem no local do impacto.

Investigação utilizou imagens e pulseiras de festa

A apuração foi conduzida pela 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Araguaína e concluída nesta terça-feira (1º). O delegado Breno Eduardo Campos Alves explicou como a polícia identificou o envolvido.

“Identificamos que o condutor da BMW estava com uma pulseira de cor rosa e, a partir disso, foi feita ampla busca de eventos na cidade que ocorreram naquela data, utilizando o procedimento de colocação de pulseiras na cor rosa. Chegamos até a boate em que o trio que ocupava a BMW se encontrava antes do crime. Encontramos imagens em que o trio aparece ingerindo bebidas”, afirmou o delegado.

Prisão preventiva e consequências do acidente

O delegado Charles Marcelo Arruda reforçou a gravidade da conduta do motorista.  “Ficou demonstrado que o autor do acidente agiu com descaso, extrema imprudência, assumiu o risco de produzir o resultado que foi a morte da vítima. Estava em altíssima velocidade, em um trecho onde a velocidade máxima seria em torno de 60 a 80km/h, não freou, não fez questão de diminuir a velocidade e há indícios também que estaria sob efeito de álcool”, declarou.

Vitor foi preso em flagrante, e a Justiça converteu a detenção em preventiva. Ele continua na Unidade Penal de Araguaína. Maria Alice deixou dois filhos, de seis e nove anos.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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