O município de Araguaína, no norte do Tocantins, atingiu a marca de um ano e nove meses sem registros de feminicídios, resultado de ações estratégicas promovidas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/TO). Segundo Sarah Lilian, delegada titular da 3ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Araguaína, o último caso ocorreu em 1º de maio de 2023.
“Este dado reflete o comprometimento da Polícia Civil em prevenir e combater esses crimes por meio de investigações rápidas, prisões de agressores e campanhas de conscientização”, destacou a delegada.
De acordo com informações da 3ª Deam, em 2024 não foi registrado nenhum caso de feminicídio em Araguaína, enquanto no estado foram contabilizados 14. Já em 2023, o Tocantins teve 17 ocorrências, apenas uma delas na cidade. Em 2022, ocorreram dois feminicídios em Araguaína, num total de 14 em todo o estado.
Projetos sociais e operações estratégicas
Uma das iniciativas que contribuiu para a redução dos feminicídios é o projeto Fênix, que está em sua terceira edição. A ação é focada em comunidades com altos índices de violência contra a mulher, oferecendo serviços como orientação jurídica, atendimento psicológico, assistência médica e atividades de conscientização sobre direitos.
Outro destaque é a Operação Átria, realizada anualmente em março, que reforça o combate à violência doméstica. Em 2024, as equipes da 3ª Deam cumpriram dezenas de mandados de prisão contra suspeitos de agressão, reforçando a segurança das mulheres na cidade.
Em agosto, a campanha “Agosto Lilás” também mobiliza a população com uma caminhada promovida pela SSP/TO em parceria com o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) e a Prefeitura de Araguaína. O evento busca sensibilizar a comunidade sobre a importância de combater a violência contra a mulher.
“Esse marco de um ano e nove meses sem feminicídios é um recorde que precisa ser celebrado. Ele é resultado de um trabalho integrado de investigação, prevenção e conscientização, focado em preservar a vida e o bem-estar das mulheres”, ressaltou Ana Maria Varjal, delegada da 3ª Deam.