Mais de 600 pessoas privadas de liberdade participaram do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) nas 25 unidades prisionais do Tocantins. A aplicação das provas ocorreu nos dias 10 e 11 de dezembro, em uma ação coordenada pela Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju), através da Superintendência de Administração dos Sistemas Penitenciário e Prisional.
De acordo com o superintendente da pasta, Rogério Gomes, a participação no Enem PPL representa uma oportunidade significativa para a reinserção social dos internos. “O exame é uma porta de entrada para a formação acadêmica e amplia as chances de ingresso no mercado de trabalho após o cumprimento da pena”, destacou o superintendente.
Nesta edição de 2024, dos 785 custodiados inscritos, 653 realizaram as provas, que englobaram as áreas de Matemática e Ciências da Natureza, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias, além da Redação.
O gerente de Reintegração Social, Trabalho e Renda ao Preso e Egresso, Dilson Noleto, celebrou o aumento da participação e o comprometimento das unidades prisionais. “O Enem PPL de 2024 foi um sucesso no Tocantins! Todas as 25 unidades prisionais participaram, demonstrando um compromisso coletivo com a educação e a ressocialização dos internos. Isso é resultado de um trabalho conjunto entre a Seciju, a Polícia Penal e os demais envolvidos no processo”, afirmou Noleto.
As notas obtidas pelos participantes no Enem PPL podem ser utilizadas para acesso ao ensino superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (ProUni). Além disso, os participantes podem pleitear financiamentos estudantis em programas do Governo Federal, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), conforme informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A iniciativa reforça o papel da educação como ferramenta essencial para a ressocialização, oferecendo às pessoas privadas de liberdade a possibilidade de recomeçar a vida profissional e acadêmica após o cumprimento de suas penas.