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Após ameaçar de morte a ex-namorada, presidente do Tribunal de Ética da OAB é afastado do cargo

OAB afirmou que mantém compromisso com os direitos da mulher e combate à violência

“Sua sorte é que você estaca com o menino no colo e tinha muita gente passando na rua… não vai ter próxima, mas se tiver vão não escapa porque eu te meto uma bala na cara”, a ameaça veio do então presidente do Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil, no Tocantins, o advogado Igor Gustavo Veloso de Souza, de 33 anos, em áudios enviados para a ex-namorada, na sexta, 29. Veloso foi afastado do cargo pela OAB-TO, e o anúncio do afastamento foi feito no domingo, 1º em uma rede social. Segundo a nota publicada pelo perfil da OAB Tocantins em uma rede social, Igor Gustavo será substituído pelo advogado Anderson Mendes de Souza.

A vítima registrou dois boletins de ocorrência contra o advogado e conseguiu na Justiça uma medida protetiva. Em um deles ela afirma que o ex-namorado tentou arrombar o portão de sua casa. A mulher é mãe de um filho de oito meses de Igor Gustavo. Conforme contou a vítima, as ameaças e ofensas foram motivadas porque o advogado queria levar o filho para dormir com ele, mas ela negou dizendo que o bebê ainda precisava ser amamentado.

Posicionamento da Ordem

No texto a ordem afirma: “A OAB Tocantins reitera seu compromisso histórico de luta pela valorização dos direitos da mulher e o combate à violência contra a mulher”. E também destaca que acompanhará o caso.

Posicionamento do acusado

Também por meio de nota, o advogado que fez as ameaças disse que o afastamento deveria ser feito pelo conselho, mas não vai tentar recondução. Segundo ele,  deixa o posto com orgulho e de cabeça erguida por defender a classe. Em um trecho da nota profere a seguinte crítica:

“Saio dessa instituição com orgulho e de cabeça erguida, pois ao contrário deles, eu sim tenho o viés de defender a advocacia, escutando e dando o contraditório e ampla defesa.

A Ordem já mais deveria afastar um membro sem aguardar o julgamento final de um processo ou sem mesmo dar ao membro o direito de se defender, isso mostra a fraqueza da dirigente, que deixa se pautar por mídia e pressão.

Apesar de o ato ser ilegal, pois somente o conselho poderia me afastar, não vou brigar por qualquer recondução. Seja o que Deus quiser.”

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