O Ministério Público do Tocantins (MPTO) alcançou uma vitória decisiva nesta sexta-feira, 24, durante a Sessão do Tribunal do Júri realizada no Fórum de Dianópolis. Jeovane Ferreira dos Santos foi condenado a 27 anos e seis meses de prisão, enquanto Orlando Júnior Alves Bonfim recebeu uma sentença de 27 anos. Ambos foram considerados culpados pelo assassinato de Edivan Ribeiro dos Santos e pela tentativa de homicídio contra Douglas Ferreira dos Santos.
O brutal crime, que chocou a comunidade de Almas, teve como motivação ciúmes, relacionados a um suposto envolvimento amoroso entre Douglas e a esposa de Jeovane.
Segundo a denúncia, o incidente ocorreu na noite de 08 de agosto de 2020, em uma chácara no município de Almas. Na ocasião, Douglas e Edivan, acompanhados de familiares e amigos, foram surpreendidos por disparos de arma de fogo efetuados pelos acusados.
Embora Douglas tenha conseguido se esconder na mata após ser ferido, Edivan foi capturado e submetido a uma cena horrível. Os réus o forçaram a ajoelhar-se com um lençol cobrindo o rosto. Em um ato brutal, atiraram em sua cabeça e o degolaram com um golpe de facão.
A acusação foi conduzida pelo promotor de Justiça Rogério Mota, coordenador do Núcleo do Tribunal do Júri do MPTO. Mota sustentou as teses de motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, além da tentativa de homicídio contra Douglas.
As teses de acusação foram integralmente acatadas pelos jurados, resultando na sentença de 27 anos e seis meses de prisão para Jeovane e 27 anos para Orlando. Ambos iniciarão o cumprimento da pena em regime fechado. A decisão do Tribunal do Júri reflete o repúdio da sociedade a atos tão bárbaros e reafirma o compromisso com a justiça e a segurança da comunidade.
