O Tocantins registrou redução de 27,7% nos focos de queimadas e 28,7% na área queimada entre janeiro e julho de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), por meio do Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (Cigma), no Boletim Mensal do Fogo nº 9/2025.
A diminuição das queimadas é resultado de ações do governo, como o Plano Integrado de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais 2025, que recebeu investimento de R$ 17,1 milhões.
Além disso, em 20 de agosto, o governador Wanderlei Barbosa assinou contrato com o BNDES, no valor de R$ 44,9 milhões, por meio do Fundo Amazônia, destinados a fortalecer o Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins (CBMTO), ampliando a capacidade de prevenção e combate aos incêndios em todo o estado.
O governador destacou a importância da redução. “A redução das queimadas no Tocantins é uma conquista de todos nós. Esse resultado é fruto de planejamento, de investimentos importantes e, principalmente, da união de esforços entre os órgãos do Governo e a sociedade. Esse trabalho vai continuar e será cada vez mais firme, porque cuidar do nosso estado é a nossa prioridade”.
“É um avanço comemorarmos essa redução dos índices de incêndios em relação a 2024 e é muito importante ressaltarmos que isso se deve à determinação do governador Wanderlei Barbosa de construir o maior Plano de Combate ao Fogo da história do Tocantins, envolvendo a Semarh, o Corpo de Bombeiros e o Naturatins. Além disso, outros órgãos, como a Seplan, também participaram, contribuindo com o envio de veículos. É importante destacar também a força da educação ambiental, especialmente com o projeto Foco no Fogo”, comentou o secretário de Meio Ambiente, Marcello Lelis.
Monitoramento das queimadas
O Cigma, da Semarh, realiza o monitoramento das queimadas, comparando dados do Monitor do Fogo do MapBiomas e do Programa Queimadas do Inpe.
Entre janeiro e julho de 2025, o Tocantins teve 3.998 focos de queimadas, contra 5.533 no mesmo período de 2024, uma queda de 27,7%. A redução se manteve ao longo dos sete meses, com quedas mensais entre 4,6% e 62,3%.
Do total, 54,3% (2.172 focos) foram queimadas não autorizadas, 8,7% (349) incêndios florestais, 22,4% (896) queimas prescritas e 14,5% (581) queimas controladas.
Redução da área queimada
A área queimada caiu de 656,6 mil hectares em 2024 para 468 mil hectares em 2025, redução de 28,7%. Desse total, 5,1% (24 mil ha) foi queima controlada, 49,8% (233 mil ha) queima prescrita e 45,1% (211 mil ha) queima não autorizada.
O sucesso nas reduções se deve a medidas coordenadas pelo governo, incluindo o projeto Foco no Fogo, formação de brigadas e campanhas de conscientização em escolas e comunidades.
“O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil Estadual também assinaram Termos de Cooperação Técnica com 131 dos 139 municípios, garantindo a contratação e capacitação de brigadistas. Investimos de R$ 7 a 8 milhões para contratação de brigadistas, compra de equipamentos de proteção individual [EPIs] e de combate”, explicou o comandante-geral do CBMTO, coronel Peterson Queiroz de Ornelas.
O CBMTO também criou a Sala de Crise, centralizando decisões estratégicas para prevenção e combate aos incêndios.
Plano Integrado e Foco no Fogo
O Plano Integrado de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, lançado em maio de 2025, envolve prevenção, monitoramento e combate, com objetivo de fortalecer a capacidade operacional dos órgãos e intensificar a responsabilização por crimes ambientais.
O projeto Foco no Fogo, criado em 2020, atua em áreas propensas a queimadas, promovendo educação ambiental e conscientizando proprietários rurais. Em 2025, o programa realizou 2.541 visitas e 48 palestras, totalizando 2.589 ações educativas, atingindo 15.739 pessoas em 59 municípios.
Participação da população
O governo reforça que a colaboração da população é essencial para reduzir os focos de calor. Denúncias podem ser feitas pelos canais: Linha Verde do Ibama (0800 61 8080), Corpo de Bombeiros (193), Defesa Civil (199) e Ouvidoria-Geral do Estado (162).