Réus da rebelião do Barra da Grota são condenados a mais de 770 anos de prisão

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Cel. Glauber (editor-chefe)

Após um julgamento de 12 dias, considerado um dos mais longos da história do Judiciário do Tocantins, chegou ao seu desfecho nesta sexta-feira (22/3) o Tribunal do Júri envolvendo 15 réus relacionados à rebelião e fuga no Presídio Barra da Grota, em Araguaína. As penas impostas variam de 12 a 78 anos, totalizando mais de 770 anos de prisão, conforme detalhes abaixo.

 

O Julgamento e as Sentenças

Presidido pelo juiz Carlos Dutra, o Tribunal do Júri teve início em 11 de março, no Fórum de Araguaína. Nas etapas iniciais, 41 testemunhas foram ouvidas ao longo de aproximadamente 80 horas de depoimento. Posteriormente, os 15 acusados foram interrogados.

A fase das alegações orais das defesas e do Ministério Público do Tocantins (MPTO) se estendeu por três dias, totalizando mais de 56 horas. Três promotores, três defensores públicos e dois advogados participaram dessa etapa. A deliberação dos jurados teve início na terça-feira (19/3) e concluiu-se nesta sexta-feira (22/3).

Durante todo o processo, medidas de segurança foram reforçadas no Fórum de Araguaína.

 

O Contexto

A rebelião e fuga dos detentos do Presídio Barra da Grota ocorreram em 2 de outubro de 2018, resultando na morte de nove presos em confrontos com as autoridades. Dos 19 réus julgados, um foi acusado de tentativa de homicídio, enquanto os demais, incluindo os quatro já condenados anteriormente, enfrentam acusações que vão desde associação criminosa até cárcere privado.

Este julgamento foi marcado pela atipicidade, com o sorteio de 80 jurados em vez dos 25 habituais, devido a 48 dispensas solicitadas pelas partes. Cada defesa teve direito a três dispensas de jurados, totalizando quase 50.

 

As Sentenças

As penas impostas aos réus são as seguintes:

  1. Daniel Felipe Soares: 52 anos, 11 meses e 7 dias de reclusão, 1 ano, 4 meses e 15 dias de detenção, além de multa.
  2. João Marcelo Pereira Borja: 35 anos, 1 mês e 25 dias de reclusão, 8 meses e 20 dias de detenção, além de multa.
  3. Junior Pereira de Sousa: 53 anos, 7 meses e 5 dias de reclusão, 3 meses de detenção, além de multa.
  4. Maurício Pereira da Silva: 46 anos, 8 meses e 29 dias de reclusão, 1 ano e 4 meses de detenção, além de multa.
  5. Thiago Borges de Araújo: 54 anos, 5 meses e 17 dias de reclusão, 3 meses de detenção, além de multa.
  6. Hélio Araújo Barros: 68 anos, 11 meses e 2 dias de reclusão, 4 meses e 15 dias de detenção, além de multa.
  7. Welley Hernandes do Carmo: 35 anos, 9 meses e 15 dias de reclusão, 1 ano, 4 meses e 15 dias de detenção, além de multa.
  8. Werlison da Silva Martins: 65 anos, 8 meses e 24 dias de reclusão, 4 meses e 15 dias de detenção, além de multa.
  9. Denilson Monteiro do Nascimento: 78 anos, 2 meses e 15 dias de reclusão, 4 meses e 15 dias de detenção, além de multa.
  10. Breno Raylan da Silva Rodrigues: 12 anos, 10 meses e 17 dias de reclusão, 4 meses e 15 dias de detenção, além de multa.
  11. Marcelo de Araújo Ferreira: 52 anos, 10 meses e 25 dias de reclusão, 1 ano e 4 meses de detenção, além de multa.
  12. Thalison Ribeiro Coelho: 51 anos, 6 meses e 4 dias de reclusão, 10 meses e 15 dias de detenção, além de multa.
  13. Lázaro Carneiro Gonçalves: 48 anos e 2 dias de reclusão, 3 meses de detenção, além de multa.
  14. Carlos Daniel da Silva Santos: 64 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão, 3 meses e 10 dias de detenção, além de multa.
  15. Marcos Pablo Soares De Carvalho: 61 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão, 3 meses e 10 dias de detenção, além de multa.
Cel. Glauber (editor-chefe)

Editor-chefe do Site JusTocantins, coronel da reserva da PMTO, formado em Segurança Pública, Direito e Administração de Empresas. Pós-graduado em Gestão Pública, Docência do Ensino Superior. Ex-Comandante Geral da PMTO, ex-Secretário de Justiça, Professor universitário, Pai de 4 filhos e 3 netos . Grato a DEUS pela minha vida