Na tarde dessa quarta-feira, 12, a Prefeitura de Palmas deu início a um importante trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. A ação consiste na instalação de armadilhas, chamadas ovitrampas, para capturar os ovos do mosquito. O projeto envolverá a colocação de 121 dispositivos em diferentes quadras da cidade, abrangendo as regiões norte, sul e central. Até sexta-feira, 14, a instalação será concluída.
A escolha dos locais para a instalação das ovitrampas foi baseada em dados atualizados sobre a quantidade de casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Informações de monitoramento, como o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa), realizado em fevereiro, ajudaram a identificar as regiões com maior incidência do mosquito.
Em particular, áreas como as quadras Arse 14, Arse 22, Arse 24 e Arse 32, localizadas no setor sul da cidade, apresentaram aumento nos casos de chikungunya, motivo que levou à prioridade na instalação de armadilhas nessas regiões.
Além da instalação das ovitrampas, a Secretaria Municipal da Saúde (Semus) orienta a população a redobrar os cuidados para evitar a proliferação do mosquito. A principal recomendação é eliminar focos de água parada, que são ideais para a reprodução do Aedes aegypti.
Os moradores também devem utilizar repelentes e ficar atentos a locais como pneus, baldes e garrafas, onde a água pode se acumular e servir como criadouro. A colaboração de todos é fundamental para diminuir os riscos de novas infecções.
Instalação nas regiões mais vulneráveis
O projeto abrange um total de 19 quadras, sendo instaladas as ovitrampas em locais estratégicos. As áreas contempladas incluem, entre outras, os bairros Arno, ACSU-NO, Jardim Aureny III e Bertaville.
A escolha desses pontos levou em consideração a proximidade de áreas com alta incidência de doenças e a necessidade de monitoramento constante. As armadilhas serão colocadas tanto em imóveis residenciais quanto comerciais, com o objetivo de cobrir um raio de 300 metros das regiões mais afetadas.
Segurança do processo e monitoramento contínuo
De acordo com a prefeitura, as armadilhas instaladas são seguras e não oferecem risco à saúde. Elas serão retiradas antes que os ovos eclodam e se transformem em mosquitos. Esse processo de monitoramento ocorrerá em ciclos, com a retirada das armadilhas programada para segunda-feira, 17, e uma nova rodada de instalação após três semanas.
Ações educativas e aumento da vigilância
Juntamente com a instalação das armadilhas, os agentes de combate às endemias intensificaram o trabalho de visitação domiciliar e ações educativas. O objetivo é sensibilizar a população sobre a importância da vigilância constante contra o mosquito, para que a limpeza das casas e a eliminação de focos de água se tornem hábitos semanais.