O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) destacou que sua atuação é direcionada principalmente às Unidades de Conservação (UCs) estaduais. Nessas áreas, o trabalho é feito por meio da Brigada Gavião Fumaça, que tem a missão de proteger a biodiversidade e as comunidades que vivem nesses territórios.
A diretora de Biodiversidade e Áreas Protegidas, Perla Oliveira, reforçou que o órgão concentra esforços dentro das áreas que administra. “Nosso papel é proteger prioritariamente as UCs estaduais. É dentro dessas áreas que temos atuação direta, garantindo o combate aos incêndios e a preservação da biodiversidade e das comunidades locais”, afirmou.
Ela lembrou que assentamentos, comunidades rurais e quilombolas fora dos limites das UCs não estão sob a responsabilidade do Instituto. Um exemplo é a Comunidade Quilombola Grotão, em Filadélfia, que não está incluída nas áreas de gestão do Naturatins.
Mesmo não sendo o responsável direto por territórios fora das áreas protegidas, o Instituto atua quando é chamado a colaborar. “Sempre que somos acionados, oferecemos apoio e permanecemos à disposição para colaborar com as instituições competentes no enfrentamento aos incêndios em outras áreas do estado”, explicou a diretora.
Na última semana, a comunidade Grotão recebeu auxílio da equipe do Monumento Natural das Árvores Fossilizadas (Monaf), localizado em Bielândia, distrito de Filadélfia. A brigada vinculada ao Naturatins ajudou no controle do incêndio, em parceria com moradores da região. “A Brigada do Monaf, vinculada ao Naturatins, atuou na ocorrência e, com o apoio da comunidade, o fogo foi totalmente controlado”, ressaltou Perla Oliveira.
Unidades de Conservação no Tocantins
O Naturatins administra 13 áreas protegidas no estado: nove Áreas de Proteção Ambiental (APAs), três parques estaduais e um monumento natural. Atualmente, nove delas estão em operação, incluindo o Parque Estadual do Jalapão, o Parque Estadual do Cantão e o Parque Estadual do Lajeado, além de APAs como Lago de Palmas, Serra do Lajeado, Jalapão, Ilha do Bananal/Cantão, Nascentes de Araguaína e o Monaf.
A Brigada Gavião Fumaça mantém equipes permanentes nessas áreas, preparadas para emergências e também para desenvolver atividades educativas com comunidades vizinhas. O objetivo é reduzir os riscos e impactos dos incêndios florestais.
Período crítico da estiagem
Com a chegada da seca, as condições climáticas no Tocantins tornam-se mais severas, aumentando o perigo de incêndios. Altas temperaturas, baixa umidade do ar e ventos fortes criam um cenário favorável para a propagação do fogo, tanto em áreas de preservação quanto em comunidades próximas.
Nesse contexto, o Naturatins ressalta que a articulação entre diferentes instituições é essencial. “O combate ao fogo exige cooperação. O Naturatins cumpre sua função nas áreas protegidas, mas também está pronto para apoiar sempre que houver necessidade, em articulação com as instituições que possuem responsabilidade direta em outras áreas”, destacou Perla Oliveira.
Participação da população
O órgão lembra ainda que a sociedade tem papel importante na prevenção. Evitar queimadas em roças, não jogar bitucas de cigarro em áreas secas e não acender fogueiras em locais de vegetação são atitudes que ajudam a reduzir os riscos. Pequenos atos podem ser decisivos para evitar incêndios de grandes proporções, que ameaçam vidas, patrimônios culturais e a natureza.
Contatos para registro
Em caso de incêndios dentro de Unidades de Conservação, o contato deve ser feito diretamente com o Naturatins pelos telefones Linha Verde 0800 063 1155 ou Zap Linha Verde (63) 99106-7787. Já para ocorrências em áreas fora das UCs, o atendimento deve ser solicitado ao Corpo de Bombeiros (193), Defesa Civil (199) ou Brigadas Municipais.