O Poder Judiciário do Tocantins ultrapassou a Meta 8 – Feminicídio, estabelecida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para priorizar o julgamento de processos relacionados ao assassinato de mulheres por razões de gênero. Até a última quarta-feira (6/8), as unidades de 1º grau haviam alcançado 101,5% de cumprimento, de acordo com o Painel de Metas Nacionais do Judiciário tocantinense, atualizado diariamente.

Com esse resultado, o Tocantins já atingiu, em 2025, nove das dez metas fixadas pelo CNJ com índices superiores a 100%, conforme dados desta quinta-feira (7/8). O desempenho é visto como reflexo de uma atuação mais célere e eficiente, voltada a oferecer respostas rápidas e de qualidade à sociedade.
A juíza Gisele Veronezi, gestora da Meta 8 no Estado, atribuiu a conquista ao “esforço coletivo” de magistrados e servidores. “Este resultado é a prova concreta do trabalho árduo, da dedicação incansável e da competência de cada um, que, com empenho e seriedade, contribuíram para esta vitória”, destacou.
Para a magistrada, além dos números, o impacto dos julgamentos é medido pela mudança que provocam na vida das vítimas e de suas famílias. “Cada decisão tem um peso significativo na luta pela justiça e pela vida. Essa conquista reflete o compromisso de todos em promover um mundo mais seguro e justo, especialmente para as mulheres”, afirmou, ressaltando a importância de ações contínuas para prevenir e erradicar a violência de gênero.
A meta definida pelo CNJ para este ano orienta que os tribunais priorizem processos relacionados ao homicídio de mulheres. No Tocantins, 17 das 36 comarcas já superaram os 100% de cumprimento, classificando-se como “excelentes”, segundo a Coordenadoria de Gestão Estratégica, Estatística e Projetos (Coges).

Ao celebrar o resultado, Gisele Veronezi também lembrou os 19 anos da Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006. “Quase duas décadas depois, a lei segue como um dos principais instrumentos para salvar vidas, garantir direitos e fortalecer políticas públicas que previnam o feminicídio”, frisou.