O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), denunciou 18 pessoas por participação em uma organização criminosa especializada em golpes virtuais. O grupo, com base em Porto Nacional (TO), teria feito vítimas em vários estados brasileiros, incluindo Rio Grande do Sul, Amapá, Goiás, Rio de Janeiro e Tocantins.
A denúncia foi protocolada no dia 8 deste mês e aceita pela Justiça em 22 de julho. O processo tramita na 2ª Vara Criminal de Palmas.
As investigações começaram em julho de 2020, quando uma moradora de Palmas transferiu R$ 4.900,00 após ser enganada por mensagens via WhatsApp, onde o golpista se passou por seu filho e pediu o valor para uma suposta emergência financeira. A partir do caso, foi autorizado o afastamento do sigilo de dados telefônicos e bancários vinculados ao golpe, permitindo identificar a atuação da quadrilha.
Na sequência, foi deflagrada uma operação de busca e apreensão que resultou na coleta de provas como dispositivos eletrônicos, cartões bancários e outros materiais relacionados às fraudes. A análise do material permitiu apontar o papel de cada integrante dentro do esquema criminoso.
De acordo com o MPTO, a maioria dos envolvidos reside em Porto Nacional, onde também estavam concentradas as contas bancárias usadas para receber o dinheiro das vítimas. Os acusados vão desde os responsáveis por coordenar os golpes até pessoas que cederam suas contas bancárias para viabilizar as transações fraudulentas.
“O grupo operava como uma rede estruturada, com agentes responsáveis por receber os valores obtidos ilegalmente e dispersá-los por meio de saques, transferências, pagamentos de boletos e uso de maquininhas de cartão, entre outras operações previamente articuladas”, detalha trecho da denúncia apresentada pelo Gaeco.
Os crimes atribuídos ao grupo incluem estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e coação no curso do processo.