Decisão judicial impõe bloqueio de recursos do Estado do Tocantins para manter leitos de UTIs no HRA em funcionamento

 

Em resposta a uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO), a Justiça tomou uma decisão na segunda-feira, 16. Um bloqueio judicial no valor de R$ 1.123.954,68 foi imposto às contas públicas do Estado do Tocantins com o propósito de assegurar o pagamento de recursos humanos e serviços vitais para a Associação Saúde em Movimento (ASM).

Esta entidade é responsável pela operação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Hospital Regional de Araguaína (HRA) e pela imediata reposição do estoque da farmácia da unidade, mediante a aquisição direta.  Esse bloqueio incide apenas sobre as notas fiscais emitidas pela empresa terceirizada no mês de agosto.

A promotora de Justiça de Bartira Quinteiro, titular da 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína, assina a ação, argumentando a precariedade das UTIs e o iminente risco de paralisação dos serviços devido aos débitos do Estado com a ASM.

Além de determinar o bloqueio de recursos, a decisão estipula que o Estado deve, em um prazo de cinco dias, fornecer informações sobre os valores devidos pela ASM aos subcontratados, com base nas notas fiscais emitidas em relação aos débitos de agosto, e reservar recursos para o pagamento dos serviços a serem prestados em setembro.

No prazo de 48h, o Estado também está obrigado a regularizar o fornecimento de medicamentos e suprimentos que estão atualmente em falta.

Intervenção do Ministério Público

No dia 13 de outubro, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) interveio por meio de uma petição na Ação Civil Pública. Nesse documento, foi destacado um episódio ocorrido em 3 de outubro, quando três pacientes que necessitavam de cuidados intensivos vieram a óbito. A situação se deu pela falta de disponibilidade de leitos de UTI, uma vez que a unidade de terapia intensiva estava inoperante e não contava com soro fisiológico para administrar a medicação intravenosa necessária.

 

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Com quase 10 anos de experiência em comunicação, Flávia exerceu diversas funções ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem, evoluindo para a posição de locutora de rádio, onde apresentou o programa "Sétima Arte" na Palmas FM. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), o Detran e a Secretaria da Administração (Secad). Flávia é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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