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Da Morte à Vida: Morador de Itaguatins prova na justiça que está vivo após declaração fraudulenta

A situação toda veio à tona quando o idoso tentou participar de um processo eleitoral em 2021. Ao apresentar seu CPF na Justiça Eleitoral, recebeu a notícia de que o titular do documento já havia falecido. Um momento que, apesar de engraçado, desencadeou uma série de problemas

 

Imagine descobrir que legalmente, você está considerado como morto, mesmo estando bem vivo. Parece incrível, mas foi exatamente o que aconteceu com um morador de Itaguatins, norte do Tocantins. Um homem teve que recorrer à Justiça para provar que está vivíssimo, após ter sua morte declarada de maneira fraudulenta por sua ex-esposa, em outubro de 2012.

A reviravolta nessa história aconteceu recentemente. O juiz Jefferson David Asevedo Ramos, da 1ª Escrivania Cível de Itaguatins, analisou as provas apresentadas pelo idoso e decidiu anular o registro de óbito, além de solicitar à Polícia Civil que investigue se houve algum crime envolvendo essa declaração de morte falsa. A decisão foi tomada nesta última segunda-feira, 14.

A situação toda veio à tona quando o idoso tentou participar de um processo eleitoral em 2021. Ao apresentar seu CPF na Justiça Eleitoral, recebeu a notícia de que o titular do documento já havia falecido. Um momento que, apesar de engraçado, desencadeou uma série de problemas.

A advogada do idoso, Ana Cristina Magalhães, explicou que a confusão foi se agravando. O idoso, com mais de 70 anos, não conseguia marcar consultas médicas na rede pública, pois sempre que informava seus documentos, aparecia a informação de que ele havia morrido. A situação só se resolveu quando a aposentadoria dele foi suspensa pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em março de 2022.

Ele foi até o cartório da cidade e descobriu que o atestado de óbito havia sido emitido em Augustinópolis. A única maneira de solucionar essa questão foi entrar com um processo judicial para anular o óbito, já que seu benefício de aposentadoria só seria retomado assim.

A revelação também despertou suspeitas sobre o possível envolvimento da ex-esposa do idoso no incidente, uma vez que o nome dela aparece como a pessoa que comunicou o óbito. Como resultado, uma investigação criminal sobre o caso será iniciada.

A DECISÃO JUDICIAL

Na decisão do juiz, ele concordou em cancelar o atestado de óbito e deixou claro que o homem está muito vivo. Afirmou ainda que o reconhecimento jurídico é importante para que ele tenha acesso a serviços básicos, como o atendimento na saúde pública e os benefícios do INSS.

Com a anulação do atestado de óbito, a advogada informou que um ofício foi enviado ao INSS, comunicando a decisão, o que possibilitará ao homem retomar seu benefício de aposentadoria nos próximos dias.

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