Alimentação de presos no Tocantins passa por auditoria em seis unidades para checar qualidade, higiene e contratos

Alimentação de presos no Tocantins passa por auditoria em seis unidades para checar qualidade, higiene e contratos
Foto: Divulgação/TCETO

 

O Tribunal de Contas do Tocantins (TCETO) iniciou uma auditoria operacional para avaliar como está sendo feito o fornecimento de refeições dentro das unidades prisionais do Estado. A apuração busca verificar se a alimentação atende às normas legais, aos contratos firmados e aos padrões de higiene e nutrição, assegurando aos detentos o direito à comida adequada.

O Tocantins possui 25 unidades prisionais. Destas, seis foram selecionadas para a auditoria, com base em critérios como porte, perfil da população carcerária, risco e representatividade. A escolha segue diretrizes do Manual de Auditoria Operacional do Tribunal de Contas da União e das Normas Brasileiras de Auditoria aplicadas ao setor público.

As primeiras inspeções aconteceram nos dias 18 e 19 de setembro, na Unidade Penal Regional (UPRP) e na unidade feminina de Palmas. Também foram vistoriados os presídios de Augustinópolis, Araguaína (Barra da Grota), Guaraí e a unidade feminina de Miranorte. O trabalho faz parte do Plano Anual de Fiscalização (PAF) do TCETO e está sob responsabilidade da Primeira Diretoria de Controle Externo, ligada ao conselheiro Manoel Pires dos Santos.

Foto: Divulgação/TCETO

O que está sendo verificado

A auditoria acompanha todas as etapas da alimentação, desde a contratação até a entrega das refeições. Entre os pontos analisados estão:

  • Contratos e planejamento – se atendem ao princípio da economicidade, garantindo menor custo sem perda de qualidade, e se trazem cláusulas claras sobre quantidade e condições de entrega.

  • Armazenamento e transporte – se os alimentos chegam em tempo e temperatura adequados e se há estrutura para conferência nas unidades.

  • Qualidade nutricional e higiene – se as refeições seguem o Guia Alimentar para a População Brasileira e reduzem riscos de contaminação.

  • Fiscalização interna – se a Secretaria de Cidadania e Justiça mantém rotinas de controle e registros sobre a alimentação.

Durante as vistorias, os auditores acompanham a rotina de entrega, entrevistam servidores e presos, pesam os alimentos e até provam as refeições para avaliar sabor e qualidade.

O auditor de controle externo Carlos Edgar Sousa Ferreira explicou os objetivos da ação. “Estamos analisando desde o planejamento das contratações até o transporte, recebimento, distribuição e fiscalização dessa alimentação, para garantir que os custodiados recebam uma comida saudável e digna, em respeito ao princípio da dignidade humana. Ao final, vamos elaborar um relatório que pode conter recomendações ao gestor, apontando melhorias e possíveis gargalos que precisam ser corrigidos”, afirmou.

Riscos identificados

A falta de qualidade na alimentação pode gerar riscos à saúde dos internos, além de provocar conflitos dentro das unidades e prejuízos financeiros ao Estado. Por isso, a auditoria não se limita a verificar se os contratos estão sendo cumpridos, mas também busca indicar falhas e propor soluções que tornem a gestão mais eficiente, evitando desperdícios e garantindo dignidade às pessoas privadas de liberdade no Tocantins.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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