Um levantamento recém-divulgado mostra que o Tocantins é hoje o estado da Amazônia Legal com menos circulação de facções criminosas. O dado faz parte da 4ª edição do relatório Cartografias da Violência na Amazônia, lançado na quarta-feira, 19. O estudo foi feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública junto com organizações parceiras, que analisam a situação da criminalidade na região todos os anos.
Entre os 139 municípios do estado, apenas 17 apresentaram algum tipo de atuação de facções o que representa 12,2% do território tocantinense. É a menor proporção entre todos os nove estados da Amazônia Legal. Outros locais enfrentam cenários bem mais graves, como Acre (100%), Roraima (86,7%), Mato Grosso (65,2%) e Pará (63,2%).
O relatório também mostra que, onde há atuação criminosa, a situação é mais controlada:
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14 desses 17 municípios têm só uma facção identificada;
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Somente três apresentam disputa entre grupos rivais;
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Nenhuma cidade tocantinense aparece no ranking das mais violentas da região.
Enquanto a Amazônia Legal inteira registra atuação de 17 facções, no Tocantins apenas quatro grupos foram identificados. Segundo o relatório, a presença deles é limitada e não apresenta avanço rápido como ocorre em outros estados.
Queda forte nas mortes violentas
Outro ponto levantado pelo documento é a queda expressiva da violência letal. Entre 2023 e 2024, o Tocantins registrou a segunda maior redução de mortes violentas da Amazônia Legal: 27,9%. A taxa atual é de 19,8 mortes por 100 mil habitantes, uma das mais baixas da região. Para comparação, em 2022 esse índice já passou de 30 mortes por 100 mil habitantes e vem caindo desde então.
O que diz a Segurança Pública
O secretário de Segurança Pública, Bruno Azevedo, afirma que os números reforçam o impacto das ações já adotadas no estado. “Os dados mostram que o Tocantins é hoje o território menos permeável à atuação de facções criminosas na Amazônia Legal. Isso não é obra do acaso. É resultado direto do fortalecimento da inteligência policial, da repressão qualificada e de estratégias que impedem que essas organizações encontrem espaço para se instalar e expandir. Nosso compromisso é avançar ainda mais nesse modelo”, destacou.








