A Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou, cerca de 400 pássaros silvestres da espécie canário-da-terra que estavam sendo levados de forma ilegal por dois homens. Eles viajavam de Altamira, no Pará, com destino a São Paulo, usando um carro de passeio.
O flagrante aconteceu durante uma abordagem da PRF na BR-153, no Tocantins. Quando os agentes verificaram o porta-malas do carro, que era alugado, encontraram várias gaiolas amontoadas e sem ventilação, com os animais amontoados. Alguns estavam presos em gaiolas muito pequenas e abafadas; outros foram encontrados até mesmo dentro de bolsas de viagem fechadas ou com pouca abertura para entrada de ar, o que configura maus-tratos.
Os policiais perguntaram de onde vinham as aves e se os homens tinham autorização de algum órgão ambiental para transportá-las. Eles não deram nenhuma resposta e também não apresentaram nenhum tipo de documento.
Diante da situação, os dois ocupantes do veículo foram levados à Polícia Federal. Eles são suspeitos de praticar crime ambiental e envolvimento com tráfico de animais silvestres. Os órgãos ambientais foram acionados para acolher e avaliar o estado de saúde das aves.
Tocantins pode estar virando rota para tráfico de animais
Segundo a PRF, apesar de o flagrante ter ocorrido no Tocantins, os animais não ficariam no estado o destino era São Paulo. Isso acende um alerta: o Tocantins, por sua localização estratégica entre o Norte e o Sudeste, pode estar sendo usado como rota de passagem para esse tipo de crime. A PRF afirma que o trabalho no estado é essencial para impedir que animais silvestres continuem sendo levados ilegalmente para outras regiões do país.
Tráfico de animais é crime ambiental
A PRF lembra que o tráfico de animais silvestres é crime, previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98). Essa prática coloca em risco a biodiversidade brasileira e traz sofrimento para os bichos. Quem compra, vende ou mantém animais silvestres presos em casa, sem autorização, também contribui com esse tipo de crime.