Operação Lupi: Polícia Federal desmantela esquema de garimpo ilegal em terras indígenas e unidades de conservação

Esta operação é um desdobramento das operações Kukuanaland e Bullion, que foram realizadas em fevereiro e maio deste ano pela Polícia Federal

 

 

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 20 , a Operação Lupi, que tem como alvo uma investigação sobre garimpo ilegal em terras indígenas. A ação resultou na execução de um mandado de prisão preventiva e na realização de cinco ordens de busca e apreensão em diferentes locais do país.

As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Única da Justiça Federal – Subseção Judiciária de Gurupi, sul do Tocantins e foram cumpridas por agentes da PF em Anápolis (GO) e Manaus (AM). Durante as operações, foram apreendidas barras de ouro, além de dólares e euros.

O grupo sob investigação, além de se envolver na exploração ilegal de ouro em terras indígenas e unidades de conservação federal, também é suspeito de promover a lavagem de dinheiro, bens e ativos de origem ilícita. Esta operação é um desdobramento das operações Kukuanaland e Bullion, que foram realizadas em fevereiro e maio deste ano pela Polícia Federal do Tocantins.

Nas fases anteriores das investigações, a polícia identificou que o grupo conseguiu movimentar cerca de R$ 130 milhões. Eles extraíam ouro na região Amazônica, tentavam dar a impressão de legalidade emitindo documentos que sugeriam que o minério havia sido extraído de um garimpo legalizado em Natividade, no sudeste do Tocantins. Em seguida, emitiam notas fiscais falsas e vendiam o ouro para outras regiões.

Com os mandados executados nesta quarta-feira, a Polícia Federal pretende identificar os principais envolvidos na exportação do ouro ilegal, bem como os demais integrantes da organização criminosa. A operação também visa recuperar ativos financeiros e estancar a atuação do grupo.

OS CRIMES

Os envolvidos na operação podem estar sujeitos a uma série de acusações, que incluem crimes como usurpação contra a ordem econômica, exploração de recursos minerais sem autorização, lavagem de dinheiro e ativos, falsificação de documentos, receptação e participação em uma organização criminosa. Somando-se essas infrações, as penas previstas podem totalizar até vinte e nove anos de prisão.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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