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Operação “Ghostbusters” da Polícia Civil do Tocantins desarticula rede de fraudes eletrônicas com ataques conhecido como “Mão Fantasma”

Durante a operação, um total de 26 mandados judiciais foram cumpridos, incluindo um mandado de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 23 de busca domiciliar

 

A Polícia Civil do Tocantins realizou com sucesso a Operação “Ghostbusters”, deflagrada com o objetivo de desarticular associações criminosas que se especializaram em um ataque virtual conhecido como “Mão Fantasma”. Esse novo tipo de fraude tem como alvo aparelhos celulares e resulta em furtos eletrônicos de grande magnitude.

Durante a operação, um total de 26 mandados judiciais foram cumpridos, incluindo um mandado de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 23 de busca domiciliar. As ações ocorreram em quatro cidades paulistas – São Paulo, Guarulhos, Osasco e Cotia – além de Uberaba, em Minas Gerais.

O ataque virtual, denominado “Mão Fantasma”, envolve a instalação de uma ferramenta de gerenciamento remoto de dispositivos em aparelhos celulares. Essa ferramenta é recomendada pelos fraudadores sob o pretexto falso de remoção de vírus e outras ameaças digitais. A operação é um desdobramento de investigações que tiveram início no ano de 2022, quando três vítimas em Palmas (TO) tiveram suas contas bancárias invadidas. A instalação da ferramenta resultou em prejuízo acumulado de cerca de R$ 275 mil.

Lucas Brito Santana, delegado titular da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC – Palmas), conduziu as investigações que levaram à operação. Dispositivos informáticos diversos, chips telefônicos, cartões bancários, recibos em nome de terceiros e itens adquiridos com fundos ilícitos foram apreendidos durante a operação, incluindo um veículo automotor. Essas evidências reforçam os indícios criminosos previamente coletados.

“Apesar dos avanços da operação, um mandado de prisão temporária continua em aberto, e as diligências para localizar o indivíduo prosseguirão”, relatou o delegado. Os envolvidos no esquema enfrentarão acusações de associação criminosa, invasão de dispositivo informático e furto eletrônico. Também, há indícios relacionados a lavagem de capitais, falsidade ideológica e uso de documento falso.

” MÃO FANTASMA”

O ataque virtual “Mão Fantasma” começa geralmente com uma ligação, onde o criminoso se passa por um funcionário de instituição financeira. Alegam movimentações atípicas nas contas bancárias das vítimas e oferecem uma varredura digital para reforçar a segurança. No entanto, a instalação do aplicativo remoto concede acesso aos criminosos, permitindo que eles esvaziem as contas das vítimas por meio de transferências, pagamentos e empréstimos fraudulentos.

GHOSTBUSTERS ?

O nome da operação, “Ghostbusters” (Caça-fantasmas), reflete a estratégia dos infratores, que se disfarçam como atendentes bancários para convencer as vítimas a instalar a ferramenta de gerenciamento remoto.

O apoio de várias forças de segurança dos Estados do Tocantins, São Paulo e Minas Gerais foi crucial para o sucesso da operação, com mais de 100 policiais civis envolvidos. Com a Operação “Ghostbusters”, a Polícia Civil do Tocantins encerrou uma série de diligências realizadas em várias cidades, resultando em prisões, busca domiciliar e bloqueio de valores ligados aos investigados.

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