A Polícia Civil cumpre, nesta quinta-feira, 17 , mandados de busca e apreensão em três secretarias do governo estadual. A ação faz parte da operação “ONGs de Papel”, que começou em 2019, investigando possíveis crimes de desvio de dinheiro público, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
Os mandados foram cumpridos nas secretarias de Cultura, Turismo, Esporte e Juventude, além de outros locais. O esquema suspeito envolvia a realização de eventos públicos, onde foram detectadas irregularidades, apontando que o dinheiro destinado a esses eventos pode ter sido desviado por empresas e instituições contratadas.
Desvios através de eventos
A investigação apura que cerca de R$ 8,95 milhões podem ter sido desviados entre 2015 e 2019, através de contratos firmados pelas secretarias. Um dos principais envolvidos é o Instituto Cultural Amigos da Música (ICAM), que contratava a empresa Vero Ambiental para organizar eventos, mas parte dos recursos teria sido usada de forma irregular.
Decisão judicial
O juiz Márcio Soares, da 3ª Vara Criminal de Palmas, autorizou os mandados de busca e apreensão. A operação está sendo conduzida pela Divisão Especializada de Repressão à Corrupção (DECOR) da Polícia Civil, que investiga o envolvimento dos responsáveis pelo esquema.
Comunicado oficial
O governo estadual, por meio da Secretaria de Comunicação, divulgou uma nota oficial sobre a operação da Polícia Civil, mas ainda não forneceu mais detalhes sobre as investigações.
A Secretaria Estadual de Comunicação emitiu uma nota sobre a operação realizada pela Polícia Civil nas secretarias. Confira:
Sobre a operação policial realizada nesta quinta-feira, 17, cabe esclarecer que, conforme a decisão judicial, se refere a contratos no período de 2011 a 2019, portanto em gestões anteriores.
As secretarias da Cultura, do Turismo e dos Esportes e Juventude estão colaborando com as investigações e vão cumprir imediatamente as determinações judiciais de suspensão de contratos e pagamentos que eventualmente estejam em vigor com as empresas envolvidas.
Salientamos que nenhum servidor público ou secretário da atual gestão é alvo da investigação.