Nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 18 , a Polícia Civil do Tocantins, por meio da 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP), deflagrou a Operação Opto, que resultou na prisão preventiva de um homem de 54 anos, identificado pelas iniciais G.P.S.A.. Ele é suspeito de ter cometido uma tentativa de homicídio qualificado, ocorrida em 25 de março de 2024, em Palmas.
De acordo com as apurações realizadas pela equipe da 1ª DHPP, o crime aconteceu durante uma reunião em um escritório de advocacia, onde a esposa da vítima, identificada como C.E.R.B., buscava formalizar o cancelamento de um contrato de compra e venda de uma propriedade rural. O investigado, que atuava como corretor da negociação, teria reagido de forma agressiva diante da possibilidade de perder sua comissão pela intermediação.
Durante o encontro, o corretor atacou a vítima com dois golpes de canivete, motivando o pedido da prisão preventiva por parte da autoridade policial responsável pelo caso.
A vítima ficou gravemente ferida e precisou de atendimento médico imediato. Câmeras de segurança do próprio escritório captaram toda a ação violenta, incluindo o momento em que o agressor tenta fugir, mas é contido pelos advogados que presenciaram o ataque.
Delegado aponta comportamento agressivo e ameaçador do investigado
O delegado responsável pela investigação, Eduardo Menezes, afirmou que os fatos reunidos revelam não só a brutalidade do ataque, mas também um padrão de conduta intimidadora do autor. “As investigações mostraram que o autor mantinha uma postura agressiva e intimidatória, proferindo ameaças com frequência, inclusive dizendo que mataria quem lhe devia e que no Tocantins não havia lei, pois quem mandava era ele. Esse tipo de conduta revela um total desprezo pelas instituições e reforça a necessidade da prisão preventiva como medida de proteção à sociedade”.
Histórico de crimes agrava situação do investigado
As investigações também indicam que G.P.S.A. possui uma ficha criminal extensa, com passagens por porte ilegal de arma, lesão corporal, falsidade ideológica e até corrupção. Em diferentes casos, ele já teria feito uso de armas brancas, o que demonstra um padrão de comportamento violento.
O delegado Menezes afirmou ainda que a prisão se mostrou imprescindível devido à periculosidade e à possibilidade de novas ações criminosas por parte do suspeito. “Trata-se de um indivíduo com histórico de condutas violentas, que age movido por interesses financeiros e demonstra absoluto desrespeito aos limites legais. A prisão é necessária para resguardar a sociedade e assegurar a continuidade das investigações com segurança. Com base nesses elementos, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do indivíduo, medida que foi deferida pelo Poder Judiciário”.
Suspeito é transferido para unidade prisional
Após os trâmites legais, o investigado foi encaminhado à Unidade Penal de Palmas, onde permanece detido à disposição da Justiça. A medida tem como objetivo preservar a ordem pública e assegurar a proteção da vítima, que ainda segue em acompanhamento médico em decorrência dos ferimentos sofridos.