Nos últimos dias, dois casos graves de violência doméstica levaram à prisão preventiva de homens investigados por ameaças, agressões e perseguição contra mulheres em Augustinópolis, no Extremo Norte do Tocantins. As decisões foram tomadas após a apuração dos fatos e a constatação do risco às vítimas.
Segundo a delegada Daniela Caldas, responsável pela unidade que acompanha os casos, as prisões refletem a resposta do Estado diante de ocorrências consideradas de alta gravidade, registradas recentemente no município.
Na última segunda-feira, 15, um homem identificado pelas iniciais J.V.A. foi preso em flagrante por crimes de ameaça, violência psicológica e perseguição contra uma mulher com quem mantinha um relacionamento afetivo. A prisão foi convertida em preventiva após análise do caso.
As investigações apontam que o suspeito possui um histórico extenso de violência doméstica, com mais de dez registros policiais envolvendo vítimas diferentes. Durante a ocorrência, ele chegou a debochar da Justiça e das mulheres, dizendo que não ficaria preso.
Diante da situação, foram adotadas as medidas legais, e o caso foi encaminhado ao Judiciário, que decidiu manter o investigado preso de forma preventiva.
Ex-companheira foge após agressões e incêndio da casa
Outro caso de extrema gravidade foi registrado na madrugada do último domingo, 14. Um homem de iniciais G.P.S. invadiu a casa da ex-companheira, com quem havia encerrado o relacionamento há cerca de três meses.
Dentro do imóvel, a mulher foi agredida com chutes em várias partes do corpo, inclusive no rosto. Durante as agressões, o autor afirmou que colocaria fogo na casa com a vítima dentro, aumentando ainda mais o clima de medo e ameaça à vida.
A mulher conseguiu escapar e fugir antes que o crime se tornasse ainda mais grave. Mesmo assim, o suspeito ateou fogo na residência, destruindo completamente o imóvel e todos os pertences da vítima, como móveis, objetos pessoais e documentos, deixando a família em situação de vulnerabilidade.
Ameaças se estendem a familiares
Após incendiar a casa, o investigado foi até a residência da mãe da vítima, onde tentou invadir o local e fez ameaças de morte. A ação foi interrompida pelo padrasto da mulher. Em seguida, ele ainda se dirigiu à casa da avó da vítima, repetindo as ameaças, antes de fugir.
Justiça decreta prisão preventiva
Com base na gravidade dos fatos, na repetição das condutas e no risco à integridade física e psicológica da vítima, foi solicitada a prisão preventiva do investigado. A medida foi autorizada pelo Judiciário, e o mandado foi cumprido. O homem permanece à disposição da Justiça.
Violência não será tratada com tolerância
Ao comentar os casos, a delegada Daniela Caldas destacou a seriedade das ocorrências registradas no município. “Os fatos registrados nos últimos dias em Augustinópolis são de extrema gravidade e não serão tratados com tolerância. A violência doméstica, em qualquer de suas formas, será enfrentada com rigor, resposta rápida e responsabilização efetiva dos autores. Nenhuma mulher é propriedade de ninguém, e o Estado estará presente para proteger as vítimas, interromper ciclos de violência e garantir que a lei seja cumprida”.
Reforço no combate à violência doméstica
A Polícia Civil informou que seguirá atuando de forma firme em casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, sem relativizar esse tipo de crime. As ocorrências recentes, segundo a instituição, reforçam a necessidade de ações contínuas para garantir a segurança das vítimas e o cumprimento da lei.








