O ciclo de oficinas “Salvaguardas e Direitos dos Povos Indígenas” esteve na III Marcha das Mulheres Indígenas em Brasília e fez parte da programação das mulheres tocantinenses, participantes da Marcha, seus companheiros e de outros interessados, na segunda-feira, 11. Os povos do Tocantins estiveram representados por mulheres Krahô, Krahô-Kanela, Karajá, Javaé, Apinajé e Xerente. Durante a oficina elas puderem receber informações sobre a importância de manter a floresta viva, o que é o REDD+, e os direitos dos povos indígenas em relação a projetos que sobrepõe seus territórios.
A oficina é fruto da iniciativa do próprio movimento indígena, a partir da parceria entre o Instituto Indígena do Tocantins (Indtins) e a Fundação Amazônia Sustentável (Fas), com o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria dos Povos Originários e da Funai (Fundação Nacional do Índio). A execução é do Instituto Puro Cerrado, na ocasião foi apresentado aos participantes uma versão sucinta da oficina que está percorrendo as aldeias do Estado.
O presidente do Indtins, Paulo André Ixati Karajá, afirmou que a realização da oficina na Marcha objetivou introduzir o assunto, que é complexo. “O movimento indígena precisa fortalecer e entender esses novos modelos de projetos que estão chegando até nós. Nosso estado sempre foi isolado em muitos espaços do movimento nacional, e nós queremos trazer esse protagonismo do Tocantins”, enfatizou.
Oficinas
A jornalista, especialista em captação de recursos do Instituto Puro Cerrado, Andrea Lopes, explicou que o ciclo de palestra seguirá para atender as aldeias tocantinenses levando de forma clara as informações sobre o REDD+. Na opinião da oficineira, a experiência da realização da oficina na Marcha foi produtiva por incluir a temática nas discussões do movimento indígena e também para agregar apontamentos de diversos segmentos presentes. Também atuou como facilitadora da oficina a jornalista Fernanda Veloso.