Juiz nega suspensão do concurso da PMTO e mantém edital em vigor

 

O juiz Roniclay Alves de Morais negou, nesta quinta-feira, 27 , o pedido de suspensão urgente do concurso para oficiais e praças da Polícia Militar do Tocantins (PMTO). A solicitação foi feita pela Defensoria Pública do Estado (DPE/TO) por meio de uma Ação Civil Pública.

A Defensoria argumentou que os editais do concurso não reservaram 5% das vagas para pessoas com deficiência, descumprindo a legislação. Segundo o órgão, algumas deficiências não impedem completamente a atuação policial, já que a carreira inclui funções administrativas.

A DPE-TO pediu que o concurso fosse suspenso até a análise judicial da legalidade dos editais ou que fosse feita a inclusão da reserva de vagas, com reabertura das inscrições. Contudo, o juiz negou o pedido liminar com base no artigo 300 do Código de Processo Civil, que exige evidências concretas de direito e risco de prejuízo para conceder a tutela.

Segundo a decisão, a legislação prevê a reserva de vagas para pessoas com deficiência em concursos públicos, mas essa regra não se aplica a cargos que exigem plena capacidade física, como os da Polícia Militar. O magistrado citou o artigo 42 da Constituição Federal e a Lei Estadual nº 2.578/2012, que regulamenta a PMTO e não prevê essa reserva.

Justificativa para a decisão

O juiz ressaltou que a Constituição permite que pessoas com deficiência assumam cargos públicos, desde que suas limitações não comprometam o exercício das funções. No caso da PMTO, além da capacidade física e mental, há exigências como idade e altura para o ingresso na corporação.

Com essa decisão, o concurso segue normalmente. O juiz determinou um prazo de dez dias para que a Defensoria Pública, o Estado do Tocantins e a banca organizadora apresentem provas antes da análise final do caso.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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