Pesquisadores, estudantes e representantes do setor público e privado se reuniram nessa terça-feira, 11, no Palácio Araguaia, em Palmas, para participar da Manhã da Ciência, Tecnologia e Inovação, promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt).
Durante o encontro, foram apresentados dois importantes anúncios: o lançamento do edital do Programa Centelha 3 Tocantins e a ampliação do Programa de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic/Fapt), que agora contará com 800 bolsas de pesquisa.
O Centelha 3 oferece apoio financeiro, capacitação e bolsas para transformar ideias criativas em negócios viáveis. O edital ficará disponível a partir desta quarta-feira, 12, no site da Fapt e no portal oficial do programa, com inscrições abertas até 19 de dezembro de 2025.
A analista de projetos da Finep, Isabella Silvano Vieira Alves, explicou que as propostas deverão ser enviadas pela plataforma do Centelha Tocantins, após um cadastro. “Podem ser apresentadas propostas tanto por pessoas físicas, caso em que a empresa será constituída apenas no momento da contratação, quanto por empresas com até 12 meses de criação e faturamento anual de até R$ 4,8 milhões”, destacou.
Ela reforçou ainda que cada projeto poderá receber apoio financeiro de até R$ 50 mil, ressaltando a importância das parcerias institucionais. “As fundações são essenciais para viabilizar o Centelha em parceria com o Governo Federal, o MCTI [Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação], a Fundação Certi e o CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico]”, afirmou.
Incentivo ao empreendedorismo desde a base
Para a gerente do Departamento de Desenvolvimento Tecnológico da Finep, Thais de Lourdes Macieira, o programa desperta o olhar empreendedor entre os jovens. “O programa tem esse olhar voltado para o negócio, algo escalável. Acho muito interessante isso, despertar esse olhar para o empreendedorismo. O produto precisa ser escalável e chegar às pessoas”, afirmou. Segundo ela, a proposta é conectar boas ideias a oportunidades reais de mercado.
Mais bolsas para pesquisa científica
O presidente da Fapt, Elvio Quirino, anunciou o aumento no número de bolsas do Pibic/Fapt, que passa de 600 para 800. Para ele, essa expansão representa um marco na formação científica do estado. “Hoje [terça-feira, 11] é um dia histórico para a ciência do Tocantins. Estamos formando 800 novos pesquisadores”, declarou.
Quirino também destacou que a Fapt vive uma nova fase. “Esta é apenas uma das muitas manhãs, tardes e noites de Ciência e Tecnologia que ainda teremos”, disse o gestor.
Representatividade e presença de autoridades
O evento contou com a presença do secretário da Governadoria, Raul Filho Neto, que representou o governador; do secretário da Agricultura e Pecuária, César Halum; do presidente do Ruraltins, Adenieux Rosa Santana; e de representantes da Finep, Embrapa, Sebrae e universidades públicas e privadas.
A iniciativa reforça a política de incentivo à pesquisa e à inovação no Tocantins, fortalecendo a conexão entre governo, academia e setor produtivo.
O que é o Programa Centelha
Voltado para pessoas físicas e pequenas empresas, o Programa Centelha busca transformar ideias inovadoras em negócios com impacto econômico e social. Na terceira edição, a iniciativa abrange todos os estados e o Distrito Federal, com investimento total de R$ 155 milhões e previsão de apoiar mais de 1.100 projetos em todo o país.
Ao falar sobre a importância do Centelha 3, Elvio Quirino ressaltou o papel do programa no desenvolvimento regional. “O Centelha é um instrumento poderoso para transformar conhecimento em soluções reais. Aqui no Tocantins, queremos que cada projeto apoiado gere resultados concretos, novos negócios, empregos e oportunidades. Nosso objetivo é consolidar o estado como um polo de inovação e empreendedorismo tecnológico”, afirmou.
Parcerias e execução
No Tocantins, o programa é coordenado pela Fapt, com a Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) como instituição interveniente. Nacionalmente, é executado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com apoio da Finep, CNPq, Confap e Fundação Certi.









