Fraudes no FGTS com uso de dados de trabalhadores são alvo de operação da Polícia Federal iniciada no Tocantins

Fraudes no FGTS com uso de dados de trabalhadores são alvo de operação da Polícia Federal iniciada no Tocantins
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Uma operação da Polícia Federal, batizada de Saque Fantasma, foi deflagrada nessa quinta-feira, 9 , com o objetivo de interromper um esquema de fraudes milionárias que atingia o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A apuração começou em 2021, no Tocantins, e revelou um grupo especializado em usar indevidamente dados pessoais de trabalhadores para sacar valores de forma ilegal por meio da modalidade Saque-Aniversário, utilizando o aplicativo oficial do FGTS.

Durante a ação, equipes federais cumpriram mandado de busca e apreensão em Açailândia (MA), expedido pela Justiça Federal de Palmas (TO). O foco da operação é reunir provas sobre o funcionamento do golpe, confirmar o envolvimento do principal suspeito e identificar possíveis comparsas ligados à rede de fraudes.

De acordo com a Polícia Federal, os responsáveis pela fraude manipulavam informações sigilosas de trabalhadores, obtidas de forma ainda não esclarecida. Com esses dados, simulavam acessos legítimos às contas do FGTS e realizavam saques não autorizados. Após retirar os valores, os criminosos transferiam o dinheiro para contas digitais e cooperativas de crédito, numa tentativa de mascarar a origem ilícita dos recursos.

Crimes e possíveis penas

O investigado apontado como líder do grupo pode responder por furto qualificado mediante fraude eletrônica e uso de documento falso. Somadas, as penas desses crimes podem chegar a 14 anos de prisão, além de multa.

Fundo social entre as principais vítimas

Criado para amparar trabalhadores demitidos sem justa causa, o FGTS é um fundo de caráter social e trabalhista, o que torna o golpe ainda mais grave. As fraudes comprometem diretamente o patrimônio de cidadãos comuns, que podem ser prejudicados sem sequer perceber o desvio de seus valores.

Nome da operação faz alusão ao tipo de golpe

A escolha do nome “Saque Fantasma” faz referência à forma de atuação dos criminosos, que conseguiam retirar o dinheiro das contas das vítimas de modo “invisível”, sem despertar suspeitas. O esquema envolvia falsificações e manipulações digitais, o que dificultava a identificação imediata das fraudes.

 

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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