O homem apontado como autor do feminicídio da indígena Iara Javaé, de 29 anos, foi preso no sábado, 13 , no Tocantins. A captura ocorreu após investigação da Polícia Civil, que contou com informações levantadas pela Polícia Militar nos primeiros dias após o crime.
O caso aconteceu no dia 8 de setembro. Logo após o crime, equipes da Polícia Militar se deslocaram até a Aldeia Canabrava para verificar a autoria do assassinato. Com apoio de moradores da comunidade indígena, os militares conseguiram identificar o suspeito e o levaram até a Delegacia da Polícia Civil, de forma pacífica, com o consentimento do cacique e da Funai.
Na delegacia, o suspeito prestou depoimento, mas apresentou versões diferentes e sem sustentação. Como não estava em situação de flagrante, acabou sendo liberado. Ainda assim, as informações registradas pela PM naquele momento foram decisivas para que a Polícia Civil aprofundasse a apuração, reunisse novas provas e solicitasse à Justiça a prisão preventiva, que foi cumprida neste sábado.
Declaração sobre o trabalho conjunto
O comandante-geral da PMTO, coronel Cláudio Thomaz Coelho de Souza, destacou a importância da atuação conjunta entre as instituições. “Este caso ilustra perfeitamente como a segurança pública funciona em fases. A ação proativa da nossa tropa, ao identificar e qualificar o suspeito logo no início, forneceu o alicerce sólido para que a Polícia Civil, com sua competência investigativa, pudesse concluir o trabalho e efetuar a prisão. É a prova de que a colaboração entre as forças é o caminho mais rápido para a Justiça”, declarou.