Na manhã desta terça-feira, 1º , a Polícia Civil do Tocantins participou de uma ação nacional contra crimes ligados ao setor rural. A operação, chamada Paper Ox, foi coordenada pela Polícia Civil de Goiás, e teve como foco desarticular um grupo suspeito de forjar documentos ligados à movimentação de gado e à emissão de notas fiscais.
Em Palmas, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em uma casa localizada na região norte da cidade. No local, dois homens, identificados apenas pelas iniciais R.C.F. e D.R.R., foram alvos das investigações. Durante a operação, foram recolhidos dois veículos uma caminhonete Hilux e um SUV Corolla Cross além de um celular e mais de R$ 11 mil em dinheiro vivo.
O delegado Afonso Lyra, da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), destacou que Tocantins e Goiás têm atuado juntos em diversas ações desse tipo. Ele explicou que essa parceria entre os estados já resultou em outras operações bem-sucedidas, tanto aqui quanto lá. “Temos construído uma relação sólida de apoio mútuo entre as instituições. Já contamos com o suporte da PCGO em diversas operações deflagradas no Tocantins e, da mesma forma, prestamos apoio sempre que há alvos em nosso Estado. Nesta ação, nossas equipes lograram êxito no cumprimento dos mandados, com apreensões que certamente contribuirão para o avanço das investigações. Seguimos à disposição para colaborar com ações de polícia judiciária no território tocantinense”.
O que está sendo investigado
A Operação Paper Ox investiga um esquema onde credenciais de produtores rurais eram usadas de forma irregular para gerar documentos falsos. Com isso, o grupo facilitava crimes como sonegação de impostos, fraudes bancárias e até a inserção de rebanhos no sistema sem origem conhecida.
Ao todo, a Justiça autorizou 50 mandados judiciais, além do bloqueio de cerca de R$ 127 milhões em bens dos envolvidos.
Ação em vários estados
Além do Tocantins, a operação também teve alvos nos estados de Goiás, Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal. De acordo com as autoridade policial , isso mostra que o grupo criminoso agia em diferentes regiões do país, tornando a investigação ainda mais complexa e relevante para o combate ao crime organizado no meio rural.