O ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse (Agir), foi preso na manhã deste domingo (15) em uma fazenda localizada no município de São Salvador, na região sul do estado. Após passar por audiência de custódia, ele foi transferido para uma carceragem no quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Palmas. Carlesse afirmou desconhecer os motivos da prisão, mas declarou estar à disposição da Justiça.
“Prestar esclarecimento para a Justiça. Um mandado não sei o porquê, dizendo que ia fugir do país, coisa parecida com isso. Ainda não tenho acesso, mas vou me inteirar para poder me defender e estou à disposição da Justiça”, declarou Mauro Carlesse após sua prisão.
O ex-governador é alvo de várias investigações e foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPTO). A ordem de prisão preventiva foi expedida pela 3ª Vara Criminal de Palmas.
De acordo com o MPTO, a prisão foi motivada por indícios de que Carlesse teria um plano de fuga para o exterior. No entanto, o teor completo da investigação não foi divulgado, pois o caso corre em sigilo judicial.
Procedimentos após a prisão
Logo após ser detido, o ex-governador foi conduzido ao Instituto Médico Legal de Gurupi para realizar exame de corpo de delito. Posteriormente, ele foi levado para a Unidade Penal da cidade, onde permaneceu até a audiência de custódia, realizada ainda no domingo.
A decisão judicial determinou seu recambiamento para Palmas, onde ficará preso à disposição da Justiça. O local exato de sua detenção, porém, não foi revelado.
Defesa busca revogação da prisão
Os advogados de Carlesse afirmaram que o ex-governador sempre esteve à disposição da Justiça e que manterão essa postura. Eles também informaram que apresentarão um pedido para revogar a prisão preventiva.
Outras investigações relacionadas
Além da prisão de Mauro Carlesse, a Justiça também expediu um mandado contra Claudinei Quaresemin, investigado por participação em esquemas de corrupção. Quaresemin já estava preso devido à “Operação Overclean”, deflagrada no último dia 10 de dezembro.
Segundo a Polícia Federal, ele é acusado de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro enquanto ocupava o cargo de Secretário de Parcerias e Investimentos do Tocantins.