Conta de luz fica mais barata com bandeira amarela devido ao aumento nas chuvas

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a melhoria nas condições de geração de energia no país foi um dos motivos para a mudança na bandeira tarifária

 

 

Devido ao aumento das chuvas, a bandeira tarifária amarela começa a ser aplicada na sexta-feira, 1º, resultando em uma redução na conta de energia elétrica. A taxa adicional será de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) utilizados.

No mês de outubro, a bandeira estava na categoria vermelha patamar 2, que é a mais cara, cobrando R$ 7,877 por 100 kWh. Esta tarifa elevada não era utilizada desde agosto de 2021.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a melhoria nas condições de geração de energia no país foi um dos motivos para a mudança na bandeira tarifária. Mas, a expectativa de chuvas e os níveis de água nas represas ainda estão abaixo do ideal, o que justifica a necessidade de ativar a bandeira para cobrir os custos da geração de energia termelétrica.

Desde abril de 2022, uma sequência de bandeiras verdes, que não trazem cobranças adicionais, começou, mas foi interrompida em julho. Após isso, a bandeira amarela foi acionada em agosto, seguida pela vermelha patamar 1 em setembro. Devido ao calor intenso e à seca no início do segundo semestre, a bandeira vermelha patamar 2 foi ativada em outubro.

O que são as bandeiras tarifárias

As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 pela Aneel e representam os custos variáveis da geração de energia elétrica. Essas bandeiras são organizadas em níveis, indicando quanto custa gerar energia para residências, comércios e indústrias dentro do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Efeito das bandeiras na conta de luz

Quando a conta de energia é calculada com a bandeira verde, não há acréscimos. Porém, com a bandeira amarela, há um custo extra de R$ 1,885, enquanto a bandeira vermelha patamar 1 acrescenta R$ 4,463, e a patamar 2, R$ 7,877, a cada 100 kWh consumidos. Durante o período de setembro de 2021 até abril de 2022, uma bandeira de escassez hídrica gerou uma taxa adicional de R$ 14,20 por 100 kWh.

Estrutura do sistema de energia

O Sistema Interligado Nacional (SIN) é dividido em quatro áreas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. A maioria do Brasil é atendida por esse sistema, com exceção de algumas regiões da Região Norte, Mato Grosso e todo o estado de Roraima.

Existem atualmente 212 localidades que não estão conectadas ao SIN, representando menos de 1% da demanda total do país. Essas regiões são principalmente abastecidas por usinas térmicas que utilizam óleo diesel.

Consumo consciente de energia

De acordo com a Aneel, as bandeiras tarifárias oferecem aos consumidores a oportunidade de influenciar suas contas de energia. “Mesmo que as condições de geração sejam favoráveis, é necessário continuar com bons hábitos de consumo que evitam desperdícios e contribuem para a sustentabilidade do setor elétrico. Com o acionamento da bandeira amarela, a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica é fundamental. A orientação é para utilizar a energia de forma consciente”, recomenda a agência.

 

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