Ministério Público do Tocantins aciona judicialmente proprietária rural por crimes ambientais em Lagoa da Confusão

O MP também requereu a suspensão das atividades agropecuárias em uma área de 300 hectares, equivalente a aproximadamente 420 campos de futebol

 

Na última terça-feira, 23 , o Ministério Público do Tocantins (MPTO) moveu uma ação cautelar criminal solicitando a apreensão e penhora de bens, no valor de R$ 1,48 milhão, de uma proprietária rural no município de Lagoa da Confusão. O MP também requereu a suspensão das atividades agropecuárias em uma área de 300 hectares, equivalente a aproximadamente 420 campos de futebol.

A ação, promovida pela Promotoria de Justiça Regional Ambiental do Alto e Médio Araguaia, busca, em primeiro lugar, garantir, por meio da Justiça, a indenização por crimes ambientais cometidos na propriedade.

RESERVA LEGAL : 

A área de 300 hectares em questão é considerada Reserva Legal, onde a proprietária não possuía autorização para suprimir a vegetação e realizar atividades agrícolas, conforme estabelecido pela legislação federal para assegurar os processos ecológicos essenciais.

HISTÓRICO DE IRREGULARIDADES: 

A ação destaca que desmatamentos e fraudes em procedimentos para autorização de atividades econômicas em áreas ambientalmente protegidas da propriedade vêm ocorrendo desde 2014. Segundo a promotoria, a denunciada tem perpetrado tais condutas criminosas de forma contínua ao longo dos anos.

As atividades irregulares na fazenda violam o art. 17 do Código Florestal, que determina a conservação das áreas de Reserva Legal com cobertura de vegetação nativa pelo proprietário ou responsável do imóvel rural.

EMBASAMENTO TÉCNICO: 

A ação foi embasada em um relatório elaborado pelo Centro de Apoio Operacional de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente (Caoma), que apresentou parecer técnico com dados e imagens via satélite, demonstrando as práticas irregulares recorrentes na propriedade.

Foto de Flávia Ferreira
Flávia Ferreira
Flávia Ferreira exerceu diversas funções no campo da comunicação ao longo de sua trajetória profissional. Iniciou como arquivista de texto e imagem evoluindo para a posição de locutora de rádio. Ao longo do tempo, expandiu a atuação para a área de assessoria de comunicação, desempenhando papéis importantes em órgãos como a Secretaria da Comunicação (Secom), Detran e a Secretaria da Administração (Secad), no Tocantins. Flávia Ferreira é graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins - UFT
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