O seu canal diário de Notícias

Acusados de Extorsão no Estado têm Prisões Revogadas por Colegiado Judiciário

Delegados e Agentes da Polícia Civil aguardam liberdade após revogação de prisões preventivas

Nesta quinta-feira (15/6), o Colegiado composto por três juízes responsáveis pelo caso decidiu revogar as prisões preventivas dos sete acusados de participação em um grupo de extermínio no Estado, incluindo delegados e agentes da Polícia Civil. Os alvarás de soltura foram expedidos, permitindo a libertação dos acusados, desde que não haja novas ordens de prisão por outros motivos.

 

Durante a audiência, algumas testemunhas afirmaram não terem sofrido ameaças por parte dos acusados durante a fase de investigação. Essas declarações influenciaram a decisão de revogação das prisões preventivas de alguns dos acusados, levando em consideração as informações fornecidas pela autoridade policial.

 

O processo continua em andamento, e agora tanto o Ministério Público quanto as defesas serão intimados a apresentar suas alegações finais no prazo de 20 dias. Esse prazo se deve à complexidade do caso e ao grande volume de documentos a serem analisados. Após essa etapa, o processo será encaminhado ao Colegiado para a decisão final.

 

Nessa decisão, o Colegiado terá a possibilidade de pronunciar os acusados, enviando-os a julgamento pelo Tribunal do Júri, ou decretar a impronúncia, excluindo-os do júri. Também poderá absolver sumariamente os acusados ou desclassificar a conduta criminosa atribuída a eles.

 

Contexto do caso

Anuncios

A audiência de instrução e julgamento dos acusados de formarem um suposto grupo de extermínio na Polícia Civil em Palmas ocorreu em maio deste ano. A operação, denominada Caninana, foi autorizada pelo Colegiado de juízes do Poder Judiciário do Tocantins e conduzida pela Polícia Federal a partir de junho de 2022. O processo judicial resultou de uma ação penal movida pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO).

 

Advogados e promotores de justiça enfatizaram a complexidade do caso, o grande número de pessoas ouvidas e o tempo necessário para a conclusão da audiência, que durou três semanas de interrogatórios. Eles consideraram essa audiência um momento histórico para o Poder Judiciário, elogiando a condução dos trabalhos pelo Colegiado de juízes responsável pelo julgamento do caso.

 

As oitivas foram conduzidas por três juízes criminais e contaram com a presença de promotores de justiça e advogados dos réus. Para agilizar o processo, o Judiciário do Tocantins estabeleceu uma cooperação com as demais instituições do Sistema de Justiça.

 

Cooperação entre Judiciário e Instituições

Com o objetivo de acelerar o andamento do processo do suposto grupo de extermínio na Polícia Civil do Tocantins, o Poder Judiciário estabeleceu uma cooperação com as demais instituições do Sistema de Justiça. Antes da audiência de instrução, o Colegiado de juízes que presidiu a ação penal realizou uma reunião prévia com membros do Ministério Público e os advogados dos acusados.

 

Anuncios

Durante essa reunião, as partes concordaram em estabelecer um cronograma para a oitiva das testemunhas e os interrogatórios dos acusados em período integral.

 

O que é uma oitiva?

Oitiva é um termo utilizado no Direito para se referir ao ato de ouvir uma testemunha ou as pessoas envolvidas no processo em julgamento.

 

Com informações: Marcelo Santos Cardoso, TJTO

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia Mais